O senador Blairo Maggi (PR) confirmou, esta tarde, em entrevista coletiva, que telefonou para a presidente Dilma, agradeceu o convite, mas não aceitou ser ministro dos Transportes. “Expliquei as razões de recusar o convite e, obviamente, me coloquei à disposição da presidente para ajudá-la em todo esse processo que está vindo. Portanto, estou, a partir de hoje, desobrigado dessa questão do convite”, disse o senador. Semana passada, Maggi já havia adiantado sondagem do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para assumir o Ministério dos Transportes. Ele era cotado cotado para o lugar de Alfredo Nascimento, que deixou a pasta no dia 6, após denúncias da revista “Veja” de superfaturamento.
O Conselho Nacional do Fundo da Marinha Mercante, vinculado ao Ministério dos Transportes, aprovou, em maio deste ano, um financiamento de R$ 113,5 milhões para a Hermasa Navegação da Amazônia, empresa do grupo controlado pelo senador Maggi.
Se Maggi aceitasse, Mato Grosso teria um dos cargos mais expressivos do governo federal. O Ministério dos Transportes tem um dos maiores orçamentos e decide obras fundamentais para os Estados em rodovias, ferrovias e hidrovias.
Até agora, o cargo mais importante ocupado por um político mato-grossense no governo Dilma era a diretoria geral do DNIT, com Luiz Pagot, que foi afastado e depois pediu férias após denúncias de suposto envolvimento em irregularidades de obras com empreiteiras e propina – ele nega com veemência as acusações.
Pouco após a decisão de Blairo, o secretário-executivo do ministério, Paulo Passos, que estava como ministro interino, foi oficializado como titular. Ele é filiado ao PR mas não tinha aval de boa parte da cúpula do partido para assumir o cargo.
(Atualizada às 19:47h)